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Câncer de pele: principais sintomas, tipos e tratamento
O câncer de pele é o tipo de tumor mais comum no Brasil e no mundo, representando mais de 30% dos casos da doença registrados no país. Apesar disso, muitas pessoas ainda desconhecem os principais sintomas, fatores de risco e como preveni-lo de maneira eficaz.
Com a chegada do verão e o aumento da exposição ao sol, é essencial entender os cuidados necessários para proteger a pele contra os danos causados pelos raios ultravioleta (UV). Iniciativas como o Dezembro Laranja reforçam a importância da conscientização e da prevenção.
Quer saber como identificar os sinais de alerta e proteger sua saúde? Acompanhe este conteúdo para entender os principais tipos de câncer de pele, seus sintomas, suas formas de diagnóstico e formas de prevenção.
O que é câncer de pele?
De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de pele representa 31,3% do total de casos da doença registrados no país, seguido pelo câncer de mama (10,5%), câncer de próstata (10,2%), cólon e reto (6,5%), pulmão (4,6%) e estômago (3,1%). Apesar disso, muitas pessoas ainda desconhecem os principais sintomas e os diferentes tipos da doença.
Esse tipo de câncer ocorre quando as células da pele crescem de maneira descontrolada, geralmente devido à exposição excessiva aos raios solares.
Campanha Dezembro Laranja: o que é?
O Dezembro Laranja é uma campanha nacional promovida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), criada com o objetivo de conscientizar a população sobre a prevenção do câncer de pele, educando sobre os riscos dos raios UV e incentivando hábitos saudáveis de proteção.
Lançado em 2014, o Dezembro Laranja acontece no último mês do ano, que é historicamente caracterizado pelas altas temperaturas e pela maior exposição solar, e utiliza a cor laranja como símbolo da conexão com o sol e os corpos bronzeados.
A iniciativa organiza palestras, divulga materiais informativos, promove a iluminação de monumentos na cor laranja e elabora campanhas digitais para engajar a sociedade.
Ao longo do mês, dermatologistas parceiros oferecem exames gratuitos em várias regiões do país, ajudando no diagnóstico precoce. A SBD costuma organizar ações em prol do Dezembro Laranja em todo o país, com médicos dermatologistas e voluntários dedicados a atender a população.
Quais são os tipos mais comuns de câncer de pele?
Carcinoma basocelular
Carcinoma basocelular é o tipo de câncer de pele mais comum e também o menos agressivo. Ele geralmente aparece como manchas ou pequenos nódulos de crescimento lento, localizados em áreas frequentemente expostas ao sol, como rosto, orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas.
Embora tenha baixa letalidade, é importante tratá-lo para evitar complicações que possam comprometer os tecidos ao redor.
Carcinoma espinocelular
Já o carcinoma espinocelular é o segundo mais frequente e apresenta maior potencial de agressividade. Associado à exposição solar prolongada, acomete especialmente regiões como rosto, mãos, orelhas, couro cabeludo e pescoço, embora possa surgir em qualquer parte do corpo.
As lesões são avermelhadas, com aspecto de verrugas ou feridas espessas e descamativas e resistem à cicatrização. A detecção precoce é essencial para evitar sua disseminação para outros tecidos.
Melanoma
O melanoma, por sua vez, é menos comum, mas altamente agressivo. Caracteriza-se pelo surgimento de manchas ou pintas com bordas irregulares, tonalidades variadas e crescimento rápido. Apesar de ser o tipo mais letal, suas chances de cura superam 90% quando diagnosticado precocemente, destacando a importância de exames regulares. Reconhecido por sua aparência peculiar, o melanoma pode lembrar uma pinta ou sinal em tons escuros, que mudam de cor, formato ou tamanho com o tempo. Estar atento a essas alterações é crucial para um diagnóstico precoce e um tratamento eficaz.
Principais sintomas do câncer de pele
Os sinais de alerta para o câncer de pele incluem mudanças em manchas ou pintas, como alteração de cor, tamanho ou forma; lesões com bordas irregulares ou múltiplas tonalidades; feridas que não cicatrizam; coceira, dor ou sangramento em áreas específicas. Reconhecer esses indícios precocemente pode fazer toda a diferença no sucesso do tratamento.
Embora apenas um médico possa diagnosticar a doença com precisão, a atenção aos sinais é fundamental. Para isso, dermatologistas recomendam a Regra do ABCDE, que facilita a identificação de características preocupantes:
● Assimetria: pintas assimétricas têm maior probabilidade de serem malignas, enquanto as simétricas tendem a ser benignas;
● Borda: bordas irregulares ou com contornos mal definidos são sinais de alerta; bordas regulares indicam menor risco;
● Cor: pintas com dois ou mais tons são mais preocupantes do que aquelas com uma coloração uniforme;
● Dimensão: lesões maiores que 6 mm exigem atenção, pois podem indicar malignidade;
● Evolução: pintas que crescem, mudam de cor ou apresentam novas características devem ser avaliadas imediatamente.
Apesar desses passos ajudarem na observação inicial, é necessário lembrar que nenhum exame caseiro substitui a avaliação de um dermatologista. Em caso de sinais suspeitos, procure um especialista para um diagnóstico preciso e orientações adequadas.
Quem tem maior risco de desenvolver câncer de pele?
Algumas pessoas têm maior risco de desenvolver a doença devido a fatores específicos, como o histórico familiar, que pode indicar uma predisposição genética. Indivíduos com pele clara, cabelos loiros ou ruivos e olhos claros também apresentam maior sensibilidade aos danos causados pelos raios UV, aumentando as chances de desenvolver a doença.
A exposição frequente ao sol sem proteção adequada é outro fator importante, assim como o histórico de queimaduras solares intensas, especialmente na infância. Além disso, o uso de câmaras de bronzeamento artificial, que emitem níveis perigosos de radiação UV, pode elevar significativamente o risco.
Pessoas que se encaixam nesses perfis devem adotar medidas de proteção rigorosas, como o uso diário de protetor solar, chapéus, roupas adequadas e a realização de exames dermatológicos regulares. A prevenção e o acompanhamento médico são essenciais para minimizar os riscos e cuidar da saúde da pele.
Como prevenir os sintomas de câncer de próstata?
A prevenção do câncer de próstata começa com hábitos saudáveis e a conscientização sobre a importância dos exames regulares. Manter uma alimentação equilibrada, rica em frutas, verduras e legumes ajuda muito, assim como o controle de peso e a prática de atividades físicas.
Além disso, a partir dos 50 anos, ou 45 anos para quem tem histórico familiar, é fundamental realizar exames de rotina, como o PSA e o toque retal. Aliás, o Novembro Azul é um ótimo lembrete para reforçar que a prevenção deve ser um compromisso contínuo.
Quais são as formas de prevenção contra o câncer de pele?
A prevenção é a maneira mais eficaz de evitar o câncer de pele, por isso adotar alguns cuidados simples pode reduzir significativamente os riscos.
O uso diário de protetor solar com fator de proteção (FPS) mínimo de 30 é essencial, mesmo em dias nublados ou frios. Durante o dia, é recomendável usar roupas com proteção UV, chapéus e óculos de sol, que ajudam a proteger a pele e os olhos.
Além disso, é importante evitar a exposição ao sol entre 10h e 16h, quando os raios UV estão mais intensos, e evitar também o uso de câmaras de bronzeamento, que aumentam significativamente o risco de câncer de pele, segundo a Organização Mundial da Saúde.
Outro hábito importante é realizar autoexames regulares, observando possíveis alterações na pele, como o surgimento de novas manchas ou alterações em pintas existentes. Caso note algo suspeito, é fundamental procurar um dermatologista para avaliação.
Como é feito o diagnóstico do câncer de pele?
O diagnóstico do câncer de pele é realizado por meio de exames clínicos detalhados, nos quais o dermatologista avalia a aparência das lesões e sinais na pele. Em casos suspeitos, a dermatoscopia é uma ferramenta importante, permitindo uma análise mais aprofundada das lesões e observando padrões e características que podem indicar malignidade.
Quando necessário, uma biópsia pode ser realizada para confirmar a presença de células cancerígenas e determinar o tipo exato de câncer.
Consultas regulares com dermatologistas são fundamentais para a detecção precoce do câncer de pele, já que o diagnóstico antecipado aumenta significativamente as chances de cura e tratamento eficaz. O acompanhamento profissional é a melhor maneira de garantir a saúde da pele e prevenir o desenvolvimento de formas mais agressivas da doença.
A adoção de hábitos como o uso de protetor solar e a realização de exames regulares pode salvar vidas. A conscientização e os cuidados preventivos são essenciais para combater o câncer de pele e outras doenças graves.
Como o seguro em vida pode ajudar?
Quando alguém é diagnosticado com alguma doença grave, existem diversos custos não previstos que podem aparecer, desde tratamentos e medicação até custos para poder se manter financeiramente estando ausente do trabalho.
A cobertura de doenças graves da Prudential é uma forma de se precaver financeiramente, já que oferece uma indenização em vida no caso de diagnóstico de uma série de doenças graves, como câncer, ou mesmo na realização de um alguns procedimentos médicos.
É uma proteção em vida em que o contratante é o próprio beneficiário do seguro.
Perguntas frequentes sobre câncer de pele
O câncer de pele pode ser hereditário?
Embora o histórico familiar seja um fator de risco, ele não é a única causa. A exposição ao sol é o principal desencadeador.
O uso de protetor solar impede completamente o câncer de pele?
Não. O protetor reduz o risco, mas é necessário combiná-lo com outras medidas preventivas, como evitar horários de maior radiação solar.
Como diferenciar um melanoma de uma pinta comum?
O melanoma apresenta características como bordas irregulares, múltiplas cores e crescimento acelerado. Em caso de dúvidas ou suspeitas, não hesite em procurar um dermatologista.